Gostei da palavra ( compincha ) e resolvi usa-la de outra forma , me aproveitar do seu ritmo . Procurei no dicionário seu significado e pesquei mais duas outras no mesmo assunto ( bródio e súcia ) . Com as três construí uma base ‘percussiva’ e comecei a criar em cima , misturando samba e jovem guarda , com uma letra falando sobre amigos distantes que perdemos contato .
Por não conseguir preencher todas os versos de forma original , resolvi repetir alguns , o que acabou reforçando a ideia de tempo e distância ( ao menos pra mim ) .
carta aos amigos distantes
meu amigo ,
depois de tanto tempo sem te ver
depois de tanto tempo
sem te ver
não lembro de memória do seu nome
não lembro de memória
do seu nome
do seu nome
do seu nome
nem do nosso rancho
nem o telefone do seu passado
o endereço dos seus ancestrais
nem o exato momento em que nos escrevemos
em linhas gerais
meu amigo ,
não lembro realmente de mais nada
não lembro realmente
de mais nada
pior seria
te encontrar de novo
pior seria novo
nem tão novo
nem tão novo
nem tão novo
nem meu velho amigo
nem a falta de assunto
ou de interesse em comum
nem com dois nem com cem
nem o exato momento em que nos esquecemos
que fomos leais
meu amigo ,
hoje poderia haver um re-encontro
sinto muito , mas hoje estou ocupado demais
ocupado demais
ocupado demais