2009 – 10 – O passo, por Mauricio Coutinho

Olhei a escultura do ponto de vista dela. acho que às vezes ela se sente parada demais. Quem sabe? Não viajei com o olhar do espectador. viajei nele. Ele anda e anda para os outros, mas ele mesmo não se move.

O passo

Olhe o meu passo
Quanto compasso
Ater aqui no chão
Vago cansaço
Lastro inchaço ao ver
Deste quinhão
Risco que traço
Só no meu coração Ah não!
Ando sem sair daqui
Por mais que os olhos de quem vê me ponham a seguir
Tão longe que eu nunca vi
Aposso e peço ao passo em desistir

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