Temporada 2009 - Tema 14

por Daniel Lopes

Pensando na reverencia que todos tem pelos beatles, imaginei um personagem ranzinza, critico, chato e alheio a qualquer beatlemania analisando a famosa capa.

Tudo o que ele consegue concluir de toda a experiencia é que o preço do aluguel em abbey road aumentou muito pela fama do LP. No mais é rock and roll e diversao pura… Como foi bom fazer. abs

ps – Bernardo Massot me ajudou na faixa tocando bateria e hammond.

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Aluguel em Abbey Road
(Daniel Lopes)

Joao com cabelo de leao
Ringo tava olhando para um gringo
Paul ta descalso entao babou
George como sempre mau humor

A arvore precisa ser podada
A faixa é torta pois foi mal pintada
O fusca duas rodas na calçada – viu?
Na inglaterra tambem tem coisa errada

So sei que o LP catapultou
O preço do aluguel em abbey road
So sei que o LP catapultou
O preço do aluguel em abbey road

O george ta de calça santropeito
E no terno do paul tem um defeito
O Ringo parece um ascensorista
O john ta parecendo um umbandista

A arvore precisa ser podada
A faixa é torta pois foi mal pintada
O fusca duas rodas na calçada – viu?
Na inglaterra tambem tem coisa errada

So sei que o LP catapultou
O preço do aluguel em abbey road
So sei que o LP catapultou
O preço do aluguel em abbey road

por Felipe Schuery

Como em algumas músicas do “Abbey Road”, me centrei num personagem obscuro (inventei-o). Há versos inteiros roubados do disco, algumas referências e… antireferências também.

A música é um rockão que teve “Come together” como ponto de partida.

Paloma Twinny
(Felipe Schuery)

paloma twinny
o polegar no contrato
yeah, it’s gobbledegook
é uma criança
eu tô tentado à prisão
maybe, you’ll never get it

here comes the chorus
it turns me on
what a magic feelling
one, cu, shit, four
velho desbocado
todos mijam de rir

goo goo goo job
bang bang hella heb hello
yeah, it’s gobbledegook
na, na, na, hey jude
yeah, yeah, yeah, oops… abbey road
maybe, you’ll never get it

here comes the chorus
it turns me on
what a magic feelling
one, cu, shit, four
velho desbocado
todos mijam de rir

por Guga Bruno

Ao contrário dos outros temas do blog , pra esse não desenvolvi a primeira ideia .

Essa era compor uma música diretamente relacionada ao “abbey road” , desde a sonoridade , passando por vários trechos de letras e algumas sugestões melódicas . No meio do caminho , senti que estava superficial demais e resolvi começar de novo tentando entrar um pouco mais na história . O “abbey road” não é só um grande disco de uma banda . É o último disco de uma grande banda .


Então fiquei pensando sobre fim , sobre rompimentos de qualquer espécie , sobre últimos momentos bons antes de um ruim . Sobre a iminência de um fim esperado , quando se tenta apreender o máximo de símbolos do momento , para tentar preserva-lo na lembrança . Tudo isso com , não sei por que , a versão de “all things must pass” do george harrison ( Anthology 3 ) na cabeça . Pra fechar , a citação / adaptação de uma das grandes frases do disco ( em “the end” ) , que talvez sintetize essa história de forma mais otimista .

—-

quando acabar
(guga_bruno)

quando notar
um belo dia terminou
num triste por-do-sol
será o mais triste que já viu

quando encontrar
razão pra que essa noite
se prolongue um pouco mais
será tão tarde pra voltar
atrás

quando acordar
o dia vai ser triste
sem qualquer coloração
será mais cinza que você
e eu

e vão dizer que aquilo que se dá
vão dizer que tudo o que se faz
é igual ao que se leva

por Gabriel Menezes

Então, caros leitores e ouvintes…em se tratando dos Beatles, qualquer homenagem soa pequena para tanto que eles nos deram.

As suas influentes composições, arranjos e letras fazem eco até os nosso dias de hoje. E, como todo grande fã do fab four, não poderia ser diferente comigo. A obra dos Beatles teve um profundo impacto na minha visão estética e, precisamente por conta disso, é fácil “pescar” elementos de suas músicas em minhas canções.


Como o assunto aqui é o excelente disco Abbey Road, decidi me deixar levar ainda mais por esta óbvia influência e, nesta canção, tentei seguir mais ou menos a linha de “Because” e “You never give me your money”. Bom, a idéia da música é esta. Para a letra, eu pensei em uma historinha esquisitinha e com um certo humor, lembrando “Maxwell’s silver hammer”. Para escrevê-la, recorri ao meu “dicionário de bobagens”: o (hilário) blog de Fernando Moreira:
http://oglobo.globo.com/blogs/moreira/default.asp
(eu sei, estou fazendo propaganda do cara, mas é realmente impagável as notícias que ele posta lá!)
Acabou que juntei umas três histórias inusitadas para criar uma: a letra fala sobre a crise no casamento de duas pessoas mais velhas. Em meio a tantas confusões (e misteriosos assassinatos), eles acabam se reencontrando e redescobrindo o desejo que sentem um pelo o outro. Bom, o final (e, essencialmente, a história) terá o teor que você, caro leitor, quiser. Se fores uma pessoa otimista, estamos tratando de uma comédia. Por outro lado, se o copo d’água está metade vazio para você, você encontrará um drama!
Afinal, o resultado é o apresentado: “Amanda, José e a estrada da abadia”. Espero que curtam e sintam, mesmo que um pouquinho, o clima do canto de cisne dos Beatles.
Até!

—-

Amanda, José e a estrada da abadia
(Gabriel Menezes)

She’s crying like a milky river.
Ah…
when the fever
begins to glow and meets her eyes,
her mind blows my lies.

I don’t wanna be there when she’s gone.
She’s not gonna scream that we were wrong.
We failed with each other and our lips were left alone,
‘cause we were so young…

Eles paqueravam moças na estação.
As garotas sabem, é uma tradição.
Mas, um dia, deu-se uma invasão…

Uma velha mulher nua os assustou!
“Quem me quer? Quem me quer?”, ela gritou!
E acabou que ninguém a desejou…

Depois de tanto desprezo, ela quis se vingar.
Os homens que a magoaram, agora vão pagar!
Eles, um por um, caíram diante do seu canhão.
(“Não, Amanda, não”) “Não me chame assim”, dizia.
“Hoje meu nome é João”.

Ontem uma loucura ela inventou
que, amanhã, à venda estará
nas melhores lojas e revistas de moda.
Comprem já!!

Viu de manhã um rapaz nas capas dos jornais
sem expressão no olhar.
Ao notar
que era alguém bom demais,
José resolveu esquecer
o pranto e decidiu varrer
com o sangue a honra do amigo. (“Não vai escapar!”)
Foi até o inimigo (“Não! É Amanda!”)
e desistiu…

Quando o sol pôs-se a brilhar.
Quando a canção nunca mais parou de tocar.
Por fim, ela vai se entregar…

Quando o sol pôs-se a brilhar.
Quando a canção nunca mais parou de tocar.
Por fim, eles vão se encontrar…

por Jomar Schrank

Foram quatro dias para criação, gravação e mixagem da faixa, concebida aqui no nosso Estúdio Mafuá.  Gravei e toquei nos dois primeiros. 

Minha técnica de som e esposa Daniela Pastore editou e mixou nos dois últimos. “Abbey Road” é um clássico. Particularmente, gosto muito do som de “Sun King”, “Because” e “I Want You”. A voz do John sempre soa na minha cabeça. Mas não me prendi numa canção, apenas sentimos o disco e deixamos rolar.

—-

Av. Suburbana
(Jomar Schrank)

Because the sun every day keeps shinning on
It blows my mind and turns me on
Love is all
Love is you.

por Marcio Biaso

fiz uma brincadeira com as lendas que dizem que paul teria morrido, baseadas nas “dicas” da capa do abbey road.

“28IF”
(Márcio Biaso)

If i was 28 years now
With a cigarrete in my right hand
Looking kinda sleepy
Out of step among my three friends

I´d try not to laugh on the photo
´Cause everyone now thinks i´m dead
Just because i´m bare-footed
And the black van parked over there

*******
Yes, i buried Paul
*******
Since “Rubber Soul”

por Jomar Schrank

Foram quatro dias para criação, gravação e mixagem da faixa, concebida aqui no nosso Estúdio Mafuá.  Gravei e toquei nos dois primeiros. 

Minha técnica de som e esposa Daniela Pastore editou e mixou nos dois últimos. “Abbey Road” é um clássico. Particularmente, gosto muito do som de “Sun King”, “Because” e “I Want You”. A voz do John sempre soa na minha cabeça. Mas não me prendi numa canção, apenas sentimos o disco e deixamos rolar.

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Av. Suburbana
(Jomar Schrank)

Because the sun every day keeps shinning on
It blows my mind and turns me on
Love is all
Love is you.

por Marcio Biaso

fiz uma brincadeira com as lendas que dizem que paul teria morrido, baseadas nas “dicas” da capa do abbey road.

“28IF”
(Márcio Biaso)

If i was 28 years now
With a cigarrete in my right hand
Looking kinda sleepy
Out of step among my three friends

I´d try not to laugh on the photo
´Cause everyone now thinks i´m dead
Just because i´m bare-footed
And the black van parked over there

*******
Yes, i buried Paul
*******
Since “Rubber Soul”

por Mike Vlcek

É difícil falar sobre Abbey Road, pois para mim, beatlemaníaco desde a mais remota idade, ele faz parte, assim como toda a obra dos Beatles, de todas as fases da minha vida.

Foi partindo desta constatação que decidi falar do que o Abbey Road me diz hoje.

Ao dar uma breve olhada na capa, me veio à cabeça não apenas aquela rua, pela qual já passei algumas dezenas de vezes, mas toda e qualquer rua londrina – acanhada, estreita, bucólica, cercada de prédios de tijolinhos por todos os lados.

South é a visão de um brasileiro feliz com sua vida em Londres, mas eternamente com o coração apertado de saudades do sul, hoje tão distante.

O arranjo da música tenta trazer uma atmosfera vintage e analógica. Não se trata, porém, de tentar recriar a vibe das gravações do Abbey Road, mas sim de beber dos elementos tão marcantes do disco (e da carreira dos Beatles). Cheers.

—-

South
(Mike Vlcek)

This is what I believed to see
when I got here looking for me
among the sights, pubs and parks
people having pints and tea

Dreams come true for all londoneers
Life is tough but will always be
and I am not supposed to tear the book
I read in this first year

Feeling the kentish breeze now
burning from inside out
I get all I need to bond with
the roots I knew were there in my old life somehow
but I still look to the south

If I had to describe what’s like
I would say that I found my path
and even when the sun is shy
glowing stars won’t say goodnight
But all the sights, pubs and parks
places that I want to go
will never, ever, make me turn my back
to the south, oh no