2009 – 16 – Jaguadarte, por guga_bruno

esse tema não me trouxe nada de muito inspirador à cabeça , então optei por usar o poema como letra da minha música . primeiramente me ocorreu algo como aquelas canções dos trovadores medievais , contando histórias de heróis que venciam dragões . mas não saiu nada .

resolvi tentar algo meio rock-rural , mas acho que não cheguei muito próximo também . acabou sendo uma música com referências a alguns compositores brasileiros como raul seixas , zé ramalho , sérgio sampaio , osvaldo montenegro , belchior , todos um pouco trovadores , cada um em seu estilo .

como se tratava de um poema estranho e ao mesmo tempo compreensível ( é possível entender perfeitamente a história ) , resolvi que a música deveria tentar seguir a mesma linha , ser compreensível e também incomum . para isso segui um padrão original na sequência de acordes , G A B C D E F … e assim sucessivamente , sempre maiores , sempre em progressão .
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Jaguadarte

Era briluz. As lesmolisas touvas
Roldavam e relviam nos gramilvos.
Estavam mimsicais as pintalouvas,
E os momirratos davam grilvos.
“Foge do Jaguadarte, o que não morre!
Garra que agarra, bocarra que urra!
Foge da ave Felfel, meu filho, e corre
Do frumioso Babassurra!”
Êle arrancou sua espada vorpal
E foi atrás do inimigo do Homundo.
Na árvora Tamtam êle afinal
Parou, um dia, sonilundo.
E enquanto estava em sussustada sesta,
Chegou o Jaguadarte, ôlho de fogo,
Sorrelfiflando através da floresta,
E borbulia um riso louco!
Um, dois! Um, dois! Sua espada mavorta
Vai-vem, vem-vai, para trás, para diante!
Cabeça fere, corta, e, fera morta,
Ei-lo que volta galunfante.
“Pois então tu mataste o Jaguadarte!
Vem aos meus braços, homenino meu!
Oh dia fremular! Bravooh! Bravarte!”
Êle se ria jubileu.
Era briluz. As lesmolisas touvas
Roldavam e relviam nos gramilvos.
Estavam mimsicais as pintalouvas,
E os momirratos davam grilvos.

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