O que me chamou mais atenção nesse tema foi o contraste : museu remete ao passado , sintetizador remete à contemporaneidade , ao futuro . Achei interessante isso e não precisei pensar muito pra lembrar que museu sempre abriga algo que já foi novo .
Primeiro lembrei do Cazuza ( “eu vejo um museu de grandes novidades” ) , depois de uma frase que li no livro “127 horas” ( “o tempo geológico inclui o agora” ) , e decidi seguir por esse caminho : não estamos na ponta da evolução , mas sempre no meio , então toda nossa existência pertencerá ao passado . Os “agoras” , “momentos” e “instantes” passam imediatamente , num piscar de olhos , pertencendo , também , ao passado .
Comecei a laborar em cima disso , e aproveitei pra recortar algumas frases que andei lendo pela internet nos últimos dias ( entre aspas ) . Pra completar , estava ouvindo muito Tom Zé e imagino que por isso saiu esse tipo-samba .
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Coisa que passa
“Na vanguarda do retrocesso”
“copyright é ad eternum”
e a vida se acabando como bateria de celular
“Tempo: coisa que passa pra gente lembrar”
Nós seremos o passado ,
super , mega , ultrapassados
é possível ter saudade do que não existiu nem existirá ?
“Tempo: coisa que passa pra gente lembrar”
A velhice sempre chega nos joelhos
depois segue triunfante pro cabelo
num processo irreversível de dejuvenescimento
num processo irreversível de dejuvenescimento
Tempo … é o que mesmo ?
Nostalgia atual
agora já virou depois
e os netos dos netos dos nossos netos serão tataravôs
“Tempo: coisa que passa e a gente … já foi”
Tudo velho já foi novo
tudo novo já é velho
há sempre um momento antigo para alguém fotografar
“Tempo: coisa que passa pra gente lembrar”
A velhice sempre chega nos joelhos
depois segue triunfante pro cabelo
num processo irreversível de dejuvenescimento
num processo irreversível de dejuvenescimento
Tempo … é o que mesmo ?
“Tempo: coisa que passa pra gente lembrar”